Sergio Moro faz palestra magna em congresso do Observatório Social do Brasil

09 de maio de 2017 15:34

O 1º Congresso do Pacto pelo Brasil é
realizado até o dia 11 de maio, no Campus da Indústria/FIEP, em Curitiba e tem transmissão ao vivo pela internet

 

O juiz federal Sergio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato na primeira instância, afirmou ontem, durante evento em Curitiba, que o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, previsto para amanhã (10/5) “não é um confronto” e que está preocupado com o clima de disputa que se formou sobre a data. A declaração foi feita no I Congresso Pacto Pelo Brasil, evento organizado pelo Observatório Social do Brasil. Na ocasião, os convidados falaram sobre transparência na gestão pública e privada, ética nos negócios, integridade e compliance.
“O processo não é uma batalha, o processo não é uma arena. Em realidade as partes do processo são a acusação e a defesa. Não o juiz. O juiz não é parte no processo. Nada de conclusivo vai sair nessa data”, afirmou.

Sem citar o nome de Lula, o juiz federal afirmou que, apesar das expectativas, o depoimento é normal dentro do processo. “Em verdade isso parece extraordinário, mas é algo absolutamente normal dentro do processo. O fato é que esse interrogatório é meramente uma oportunidade que o acusado tem de se defender no processo”, disse.

O juiz voltou a pedir que os apoiadores da Lava Jato não façam manifestações para evitar problemas de segurança. “Usando aquelas metáforas futebolísticas: é melhor que seja um jogo de uma torcida única”, disse. Na ocasião, Moro foi questionado por uma pessoa na plateia sobre a gravata vermelha que utilizou durante o evento. “Vermelho de fraternidade”, brincou.
Moro também destacou a importância do trabalho do Observatório Social do Brasil. “Tenho uma grande admiração por esse trabalho, considerando que é feito com base na voluntariedade. O foco dos observatórios constitui o acompanhamento dos gastos públicos, uma referência mais direta ao poder executivo”, disse.

Coube a Ney Ribas, presidente do OSB, fazer a abertura do evento. “O coração está batendo muito forte e esse sentimento mostra que o nosso País é feito por gente de bem na sua grande maioria. Vamos colocar o Brasil no lugar que ele merece. Por nós, por nossos filhos e pelas futuras gerações”, disse.
Antes disso, no período da tarde, os demais convidados já esquentavam o debate com a participação em painéis temáticos sobre gestão empresarial, corrupção, transparência, eficiência e compliance. Os debates têm abordado temas de gestão pública e privada, apresentando as calamidades encontradas, os fatores que favorecem a corrupção nestes segmentos e o impacto na qualidade dos serviços oferecidos ao cidadão.

Congresso Pacto pelo Brasil
O 1º Congresso do Pacto pelo Brasil – Calamidades X Eficiência da Gestão Pública acontece até o dia 11 de maio, no Campus da Indústria/FIEP, em Curitiba.

Por meio de exemplos práticos e iniciativas identificadas em todo país, o congresso está mostrando que as calamidades na gestão pública podem ser superadas com o uso de instrumentos de controle, ferramentas de gestão, transparência e participação do cidadão.

Outra propostado congresso é compartilhar as boas práticas para inspirar o fortalecimento dos sistemas de compliance no setor privado e mostrar que as empresas, inclusive as pequenas e as médias, também devem atuar na prevençāo e no monitoramento dos riscos de corrupçāo dentro da própria organizaçāo. Saiba mais sobre a programação é os palestrantes em pactopelobrasil.osbrasil.org.br

O evento está sendo transmitido ao vivo pela Internet. Para assistir, basta acessar o link http://ustream.tv/channel/observatorio-social- brasileiro.

Observatório Social do Brasil
O Observatório Social do Brasil é a maior rede em articulação da sociedade civil. O primeiro observatório surgiu em 2004 e, atualmente, são mais de 100 observatórios em atividade, em 19 estados, o que representa 15% de toda a população do país.

O envolvimento de mais de três mil voluntários fez com que, em apenas quatro anos, mais de 1,5 bilhão de reais fossem economizados aos cofres municipais. E a cada ano mais de R$ 300 milhões de reais deixam de ser gastos desnecessariamente. O trabalho feito pelo observatório possibilita, em média, a recuperação de 10 a 15% dos orçamentos em compras municipais e nos últimos quatro anos houve um aumento expressivo da média de empresas que participam de licitações publicas, evitando muitas vezes acordos de preços e a divisão dos lotes.

Via Viveiros Comunicação

 

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